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sábado, 26 de março de 2011

Dieta das Proteínas




A famosa dieta das proteínas foi publicada pela primeira vez em 1972 pelo cardiologista norte-americano Dr. Atkins em seu livro "A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins". Uma grande polêmica em meios científicos foi gerada ao recomendar a ingestão de grandes quantidades de alimentos ricos em proteínas, como carne, ovos e queijos, enquanto proibia outras fontes de carboidrato como açúcar, pão, arroz e frutas. Este seu primeiro livro vendeu em torno de 15 milhões de cópias.
Em 1990, as propostas da dieta revolucionária do dr. Atkins ganharam um novo impulso com a publicação de outro livro "A Nova Dieta Revolucionária", do qual foram vendidos mais de 10 milhões de exemplares e que ficou durante cinco anos na lista dos livros mais vendidos do jornal The New York Times.
Essa novidade foi chamada de dieta hiperlipídica e hiperprotéica (elevada em gordura e proteína). Atualmente, é um dos mais populares e discutidos métodos de emagrecimento no mundo todo conquistando um grande número de adeptos no Brasil.

CARACTERÍSTICAS

A dieta das proteínas corta vários alimentos do cardápio e zera os carboidratos: os legumes e as frutas são proibidos e só algumas verduras são liberadas, pois muitas delas são ricas em carboidratos. Por outro lado, carnes vermelhas, frango, peixe, queijos de todos os tipos, embutidos em geral e gorduras são liberados.

Características gerais

Dieta Pobre em Carboidratos
(Dr. Atkins)
A gordura passa a ser a principal fonte de energia
Saciedade pelo alto teor de gordura
Rica em colesterol
Provoca cetose ocasionando mau hálito e cetonúria
Pobre em fibras

PRINCÍPIOS

A dieta pobre em carboidratos é baseada no princípio da ação do hormônio insulina produzido no pâncreas. A insulina tem como função retirar a glicose do sangue para ser utilizada ou armazenada como combustível no organismo. O resultado da quebra do carboidrato no organismo é a glicose. Assim, reduzindo o seu consumo, o corpo liberará menos insulina e haverá a necessidade de utilizar outra fonte de energia que, nesse caso, será a gordura.
Portanto, o médico defendia a idéia de que o corpo, na ausência de carboidratos (que fornece energia ao organismo), começa a queimar gordura. A queima de gordura, por sua vez, transforma-se em cetonas (corpos cetônicos), o que o cardiologista chama de "cetose benigna". O indivíduo elimina muitos desses corpos cetônicos pela urina e também pelo ar expirado (o que provoca mal hálito). Segundo o médico, a produção de corpos cetônicos atua no cérebro proporcionando sensação de saciedade.

OS PRINCIPAIS RISCOS

Muitos estudos comprovam que a dieta da proteína promove uma rápida perda de peso. No entanto, as condições sob as quais essa perda de peso ocorre ainda são muito questionáveis. Veja os principais argumentos contra essa dieta:

- Produção elevada de cetose
A elevada produção de corpos cetônicos na dieta das proteínas, além de ser responsável por um desagradável mal hálito, eleva a amônia que, em excesso, provoca toxidade.

- Provoca tontura, cansaço, fraqueza e prejudica a memória 
Um dos pontos mais questionados na dieta do Dr. Atkins é que o cérebro utiliza primordialmente os carboidratos como fonte de energia. Na ausência deste nutriente, o cérebro é obrigado a utilizar proteínas e gorduras como fonte de energia o que implica num processo mais lento e menos eficiente. Com esta manobra o corpo quebra todo o seu ciclo bioquímico, que é a degradação dos alimentos provocando mal estar e desânimo.

- "Efeito sanfona": 
Uma das conseqüências negativas da rápida perda de peso provocada pela dieta das proteínas é o "efeito sanfona". Por ser uma dieta imediatista com rápida perda de peso, o corpo tende a recuperar toda a gordura depois que pessoa abandona a dieta. Além disso, o "efeito sanfona" traz um risco maior à saúde do que se manter sempre num peso estável. É uma agressão muito grande ao organismo.
- Alto consumo de gordura saturada: 
O consumo elevado de gordura (que está liberado nesta dieta), sobretudo a saturada, favorece o aumento das concentrações de colesterol e pode provocar problemas coronarianos e até diabetes. As artérias também estão em perigo pois podem diminuir de calibre e acumular gordura.

- Perda de peso magro: 
Quando se tira o carboidrato da dieta por um período prolongado, a atividade do pâncreas fica reduzida. Este é o órgão que produz a insulina, essencial para aproveitar a energia de alimentos como os carboidratos. Quando esse hormônio fica muito tempo no sangue, ele bloqueia a capacidade do corpo de queimar gorduras. Com isso a perda de peso das pessoas que fazem esta dieta é enganosa: perde-se apenas líquido e massa magra e preserva-se a gordura do corpo.

- Não favorece a perda de peso a longo prazo: 
Esta dieta, embora promova rápida perda de peso naqueles que conseguem segui-la, não tem demonstrado promover uma perda de peso em longo prazo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A perda de peso segura ocorre desde que haja uma redução das quantidades de alimentos ingeridos e correção de hábitos errôneos. Para tanto é necessário promover uma reeducação alimentar acompanhada de aumento da atividade física, o que levará o indivíduo a perder gordura e não recupera-la posteriormente. Dietas muito restritivas ou desbalanceadas, não são indicadas, pois subestimam ou superestimam as quantidades de nutrientes, provocando carências e distúrbios nutricionais.
Portanto, os carboidratos continuam sendo extremamente importantes para a saúde, manutenção da massa muscular e bem estar das pessoas. È claro que, se consumidos em excesso, podem impedir a perda de peso. No entanto, devemos ficar atentos à quantidade e tipo de carboidratos da dieta ao invés de bani-lo radicalmente.

Fonte: www.rgnutri.com.br



A dieta cetogênica


A dieta cetogênica inclui 90% de gordura, 15% de proteína e apenas 5% de carboidrato. Essa dieta é utilizada em crianças que sofrem de epilepsia, em casos que não tiveram sucesso com o tratamento medicamentoso. A dieta cetogênica pode ser aplicada em pacientes com convulsões associadas a distúrbios metabólicos, tais como deficiência de proteína transportadora de glicose (doença de DeVivo), deficiência de piruvato-desidrogenase e defeitos da glicólise cerebral.

No entanto, se faz necessário uma triagem metabólica antes de iniciar a terapia nutricional, pois determinados distúrbios metabólicos podem ser agravados pela dieta, como a deficiência de piruvato-carboxilase, porfiria, deficiência de carnitina, distúrbios mitocondriais e defeitos da oxidação dos ácidos graxos.

A maior parte da gordura comumente utilizada na dieta cetogênica é fornecida por triglicerídeos de cadeia longa. Entretanto, os triglicerídeos de cadeia média assumiram papel importante na composição da dieta, pois foi introduzido na tentativa de melhorar a palatabilidade, além de possuir maior caráter cetogênico.

A dieta cetogênica é iniciada após um período de 24-48 horas de jejum, com o paciente hospitalizado. Durante o jejum, o paciente pode beber água, bebidas sem açúcar ou gelatina também sem açúcar. Pesquisadores demonstraram que o início gradual resulta em menos efeitos adversos, melhora a tolerabilidade e mantém a eficácia da dieta. Recomenda-se que a introdução da dieta se inicie com um terço das calorias por refeição, aumentando para dois terços das calorias por refeição e, em seguida, a quantidade total de calorias por refeição a cada 24 horas. Os pacientes devem receber alta quando a quantidade total de calorias por refeição é atingida e bem tolerada, que normalmente ocorre em 2-3 dias após o início da dieta.

O plano alimentar deve ser adaptado para cada paciente e podem incluir creme de leite, bacon, ovos, atum, camarão, legumes, maionese e outros produtos ricos em gordura e pobre em carboidratos. Os pacientes são proibidos de consumir frutas ou vegetais ricos em amido, pães, massas, grãos, ou fontes de açúcares simples. Por ser uma dieta nutricionalmente desequilibrada, os pacientes também devem receber as doses diárias recomendadas de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como a suplementação de cálcio. As quantidades exatas dos alimentos para o plano alimentar devem ser calculadas com base em dados individuais do paciente (idade, peso e outras medidas antropométricas), idealmente com a utilização de softwares específicos para o cálculo da dieta cetogênica.

O acompanhamento por um profissional nutricionista especializado deve ser frequente, principalmente por se tratar de um tratamento dietoterápico fora dos padrões normais.



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